Periodo regencial
A composição das forças políticas - Na esfera política das Regências digladiaram-se as forças dispostas na estrutura da sociedade imperial, basicamente a mesma da época colonial. Ao iniciar-se o período, eram três as facções políticas entrechocando-se na luta pelo poder: os restauradores, os liberais moderados e os liberais exaltados.
Os restauradores, também denominados caramurus, representavam uma parcela da classe dominante que havia apoiado o Imperador, quando este tendeu ao absolutismo. Mesmo depois da abdicação, passaram a lutar pela sua volta ao trono brasileiro, agitando os primeiros anos da Menoridade. Para eles, a monarquia não significava apenas a preservação da antiga estrutura de dominação, nem dos privilégios. Estavam convictos, também, de que só o regime monárquico autoritário permitiria a continuidade da tranqüilidade e disputada preponderância. Dentre eles, muitos eram restauradores por interesse pessoal, como é o caso de José Bonifácio, agora tutor de D. Pedro de Alcântara. O seu reduto era o Senado e a associação política que os representava era o Clube Militar.
Com a morte de D. Pedro I, em 1834, os caramurus passaram a compor, com os direitos liberais ou moderados, o “regresso conservador”. Tornaram-se parte dos maioristas em 1840 e da facção áulica do início do segundo Reinado.
Os liberais moderados, entendidos como a direita liberal, correspondiam à outra parcela da