periodização de Capoeira
1.1. Um breve histórico
Nascida da necessidade de liberdade desenvolvida em forma de dança e folguedo nos terreiros e nas senzalas, fortalecida na luta contra os opressores, nas matas e nos quilombos, a capoeira encontra seus próprios caminhos e resiste ao longo dos tempos.
Marginalizada e perseguida, teve sua prática proibida por D. Pedro II e refugia-se na clandestinidade para ressurgir forte, vigorosa e bela no governo republicano, sendo legalizada como prática desportiva por Getúlio Vargas na década de 30. Desde então, a capoeira vem ganhando em técnica e objetividade, sendo enriquecida com novas formas de treinamento. E ela, a capoeira, mais uma vez dá a volta por cima. Não se deixa embalsamar como peça folclórica de museu e conquista um espaço em ambientes elitizados e se sobressai em comparação às outras atividades desportivo/culturais.
Mais forte e valorizada do que nunca, essa expressão cultural, fruto da miscigenação do negro, índio e europeu, é tão misteriosa quanto seu povo brasileiro, resiste às dificuldades diversas e caminha a passos determinados para o futuro.
1.2. Capoeira enquanto Educação Física
A capoeira pode ser considerada uma das atividades humanas culturalmente construídas que mais atende as vertentes curriculares atuais da Educação Física, seja em relação à ginástica, à dança, aos jogos ou desportos e no quadro elaborado por Monteiro (2000, p. 22-24) encontram-se várias formas de analisar a capoeira sob a ótica da Educação Física que justificam esta afirmação:
Atividade ginástica
Devido a sua diversidade gestual facultar movimentações riquíssimas o que toca à originalidade, variabilidade e exigência neuromotora.
Segmentos corporais
Trabalhados de diversas formas (sentido, intensidade, direção, contração, etc. Como estimuladores de valências físicas).
Dança
Seu exercício é comandado pelo ritmo dos instrumentos a ela afetos, ritmo esse que deverá ser respeitado para uma correta