perfis do aluno e professor
Nota-se que o principal o impacto das novas tecnologias na vida do estudante é o acesso às informações. Antes, a educação era baseada no livro, e os livros eram prescritos pelos professores como a informação que devia ser estudada, onde estavam as respostas. Hoje, mesmo uma criança tem possibilidade de buscar as soluções na internet.
Esse quadro muda muito, já que acaba construindo no aluno o espírito da investigação. Não é o professor que entrega uma resposta pré-definida. Ela vai atrás para construir suas respostas.
Sem dúvida, é um novo aluno que atua. Antigamente, falava-se em ensinar. Hoje, é preciso ter preocupação maior com a educação, como um processo global para a aprendizagem e para a produção ativa. O aluno não quer mais se sentar e ouvir, porque ele está acostumado a produzir por meio das novas tecnologias.
Isso exige uma adaptação na maneira de dar aula. Demanda-se um maior dinamismo nas aulas e a valorização da expressão multimídia: usar fotos, sons, textos em blogs para os estudantes poderem valorizar aquela linguagem que eles conhecem. Se não se fizer isso, fica um hiato muito grande entre linguagem do aluno e a linguagem do professor.
É errôneo pensar que o jovem tem menor capacidade de concentração. O que o jovem gosta é de atratismo: de dinamismo.
Hoje, se um observarmos um professor ensinar em blocos de 15 minutos e contar uma piada, para seguir o ritmo da televisão. Perceberemos uma mudança: as pessoas se afastarão da TV e irão para o computador, onde a dedicação é total. Certamente, ficarão horas no computador. A diferença é que hoje se navega em muitas janelas ao mesmo tempo. O jovem conversa, navega, vê vídeos, tudo ao mesmo tempo. Então, não é que a concentração não exista. É que ela é uma concentração fragmentada.