Perfil socioeconômico e raças

Perfil Sócio-econômico e sua associação com raça/cor Da pele no Brasil

Desde os primórdios da colonização do Brasil por Portugal, a história narra uma situação de extrema disparidade econômica, política e social entre as “raças” que povoavam o Brasil. Os brancos, advindos da elite aristocrática Portuguesa constituíam a elite dos moradores da colônia, ou seja aqueles que detinham o poder e o dinheiro. Índios, negros e todos os outros povos descendentes dessa mistura formavam a porção excluída e marginalizada dessa sociedade desde sempre tão desigual. Tomando como exemplo o negro, por este ser altamente discriminado, este foi arrancado de seu país de origem, da sua cultura, chegou ao Brasil simplesmente para trabalhar e trabalhar muito, sem receber nada. A própria abolição da escravatura deu-se não por piedade da situação do negro, mas aconteceu simplesmente pelo fato do Brasil estar, naquele dado momento, precisando de mão de obra assalariada para comprar os produtos que vinham de Portugal e eram vendidos na colônia. É aí onde entra também a forte influência do sistema capitalista no desenvolvimento das formas de trabalho e das leis de divisão desse trabalho, favorecendo a constante aparecimento de diferenças de classes e consequentemente de raças, já que no capitalismo É quem TEM. E sendo a maioria dos negros pobres, o problema só aumenta. Desde esse tempo começa a se desenhar o perfil sócio econômico Brasileiro, enraizado na história, sendo conseqüência do sistema escravocrata e contendo uma grande carga de desigualdade, discriminação de “raças” e culturas subjugadas, que até hoje coloca os diferentes povos do Brasil, negros, pardos, índios, etc, em situação desprivilegiada dentro do nosso país. Isso fica claro se formos observar a porcentagem, por exemplo, de negros comparada à de brancos nas camadas mais pobres do Brasil. Eles representam a maioria dos brasileiros em estado de pobreza e miséria. Isso traz como