Perdas de protensão
Autor: Phelipe Gomes
1. INTRODUÇÃO
O Concreto protendido começou a ser desenvolvido no século XVIII, porém só teve sua aceitação maior quando o francês Eugéne Freyssinte em 1928 desenvolveu um método de ultrapassar a fraca resistência à tração que o concreto possui. Já em âmbito nacional a introdução do concreto protendido no Brasil sucedeu na década de 40 por Roberto Rossi Zuccolo, segundo Rocha (2006). Porém as dificuldades recorrentes de sua execução afastou o interesse dos construtores, mantendo-o restrito apenas as grandes estruturas como pontes e viadutos.
Nos dias atuais sua aplicação ganha cada vez mais força permitindo a construção de pavimentos e pontes com vãos mais extensos do que aqueles obtidos com o uso do concreto protendido, possibilitando ainda o desenho de elementos estruturais com seções transversais de menor dimensão.
E com o advento da protensão com monocordoalhas engraxadas, o concreto protendido voltou a despertar interesses, havendo inclusive revisão das normas brasileiras de projeto e execução, assim como uma tímida produção de livros e trabalhos científicos sobre o assunto. O concreto protendido tem se destacado, em comparação ao concreto armado, devido aos seus benefícios, que superam suas desvantagens. Dentre esses benefícios está a possibilidade de execução de vãos maiores e estruturas mais delgadas, além de várias outras vantagens construtivas, econômicas e socioambientais. O menor fissuramento existente nas estruturas de concreto protendido proporciona sua maior durabilidade. As forças de protensão, durante a sua aplicação e no decorrer da vida útil da estrutura, perdem carga por diversas razões, como a acomodação das cunhas de ancoragem e a retração do concreto, entretanto os métodos para calcular os valores dessas perdas pouco evoluíram. Até mesmo a norma brasileira 6118 (2003), responsável por definir os critérios e procedimentos adequados em projetos de