Percurso histórico da EJA
Atualmente a Lei 9.394/96 reconhece a educação de jovens e adultos como uma modalidade da educação básica e conta com um currículo próprio que busca atender as características de seu publico.
Todavia, a história da Educação de Jovens e Adultos não é recente, ela vem se estendendo desde o período de colonização, quando os jesuítas educavam os índios e os escravos negros, com o intuito de transformá-los em indivíduos capazes de internalizar valores cívicos, mas, na verdade, idealizavam o aumento da economia.
Com forte influência européia, a primeira Constituição brasileira (1824) trazia a ideia de uma educação igualitária, entendendo-se educação como necessária para a reorganização da sociedade brasileira, e voltada para todos, inclusive para os adultos. Porém, essa iniciativa não vingou por ser voltada apenas aos cidadãos brasileiros, ou seja, a minoria da população que era composta pela elite econômica, que já eram alfabetizados. Com o Ato Adicional de 1834, as Províncias receberam o direito de educar suas crianças, jovens, adolescentes e os adultos. Essa ação do Governo fez com ele detivesse os direitos para educar a sua elite, e se resguardava da educação dos menos favorecidos, negros, mulheres e analfabetos.
No final do século XIX, o Brasil tinha a maior parte da sua população analfabeta, mas de 80%. Por conta disso, a preocupação, que antes era educar para serviços econômicos, agora, passa a ser porcentagem de analfabetos que não tinham o direito ao voto. Com isso, a escolarização passa a ser prioridade. Porém, a Educação de Jovens e Adultos ainda não era vista de forma concreta, até o surgimento do