Perceção não é um espelho da realidade
A percepção nasceu num domínio eventualmente mais simplista.
O meio ambiente, para a percepção, passa a ser não só aspecto físico, é também envolvente social.
Do ponto de vista psicanalítico, é para a psicologia o ponto central, tendo como maiores influências, Fromm e Ericsson.
Sucintamente, a percepção é modo de tirar inferências dos comportamentos. É o primeiro contacto com a realidade circundante. Ninguém percepciona o mundo tal e qual como ele é, ou seja, a percepção não espalha a realidade, é a nossa avaliação e interpretação do meio.
A percepção confunde-se constantemente com sensação.
A sensação tem a ver com a estimulação dos órgãos sensoriais, como a brisa suave, que fornecem inputs do meio ambiente. Os receptores sensoriais reagem a estímulos como a Luz, o som, o calor e transformam essa reacção em impulsos mentais que são enviados ao cérebro para serem processados. A sensação infere-se a primeira parte do processo, à estimulação dos órgãos dos sentidos e à informação desorganizada enviada para o cérebro.
Enquanto isso, a percepção é a sensação que permite termos a percepção da realidade, por exemplo, o ruído, uma sensação, perturba a percepção. A percepção refere-se, então, à integração da informação e interpretação e à transformação das sensações em objectos reconhecíveis.
Dado a diferença entre ambos os conceitos, há diferenças quanto à tipologia da adaptação:
- Adaptação sensorial: ajustamento da capacidade sensorial após uma exposição prolongada a um estimulo. Quando a estimulação é prolongada tornamo-nos menos sensíveis porque as células receptoras reagem melhor à variação na estimulação.
- Adaptação perceptiva: o ser humano tem a capacidade de adaptar a sua percepção.
- Adaptação e a Distorção Visual – Com o passar do tempo os indivíduos podem adaptar-se a muitos tipos de distorção visual extrema (vão-se habituando ao novo aspecto das coisas e usam a informação