Percepção
Resumo do capítulo 6 do livro “Psicologia” de David Myers(1) para o seminário da disciplina “Processos Psicológicos Básicos”.
A sensação e a percepção, embora consideradas como processos que interagem continuamente, apresentam características diferentes. Enquanto a sensação é o processo em que o corpo capta os sinais eletromagnéticos e os enviam para o sistema nervoso central, a percepção é responsável por interpretar, organizar e codificar esses estímulos em sinais neurais. Para que isso aconteça é necessário que se faça uma seleção, organização e interpretação dessas sensações. Para exemplificar basta pensarmos que um ruído do ambiente que é transmitido através do sentido da audição, precisa ser processado em nosso cérebro para que consigamos interpretá-lo como o choro de um bebê, e diferenciá-lo de outros sons que são captados simultaneamente, como o barulho da chuva ou mesmo de um gato miando no telhado do vizinho. Nós não ouvimos somente uma mistura de notas e ritmos, mas sim o ruído do trânsito, ou a melodia de uma sinfonia. Nós transformamos as sensações em percepções e assim criamos o significado. Uma questão importante a ser considerada é que a percepção não é a mera projeção do mundo em nosso cérebro, mas a conversão das diversas partes das sensações em informações que ele reagrupa usando o seu modelo próprio de funcionamento do mundo exterior. Nosso cérebro “constrói a percepção” através de uma reconstrução dos estímulos. A percepção depende das características dos estímulos, de habilidades inatas e da experiência de cada organismo. Para que esse processo de percepção aconteça, o cérebro se utiliza de diversos padrões de funcionamento que iremos relatar a seguir:
1- Atenção Seletiva: Nossa atenção consciente é seletiva, só é possível fixa-la em um estímulo por vez. Diante da enorme quantidade de estímulos, nós selecionamos apenas alguns para focalizar.
2- Ilusões perceptivas: Uma vez atentos, nós organizamos e interpretamos nossas