Percepção social e preconceito em relação a mulheres brasileiras praticantes de esportes
Compreender os motivos pelos quais mulheres praticantes de esportes considerados masculinos enfrentam preconceitos, estigmas e rótulos sociais.
2. Objetivo
O presente estudo será desenvolvido por meio de análise bibliográfica, visando compreender a percepção social e os preconceitos enfrentados por mulheres que praticam esportes considerados masculinos.
3. Questões de pesquisa
A pesquisa terá duas questões norteadoras. Será necessário elucidar qual é a forma de preconceito enfrentada por mulheres praticantes de esportes considerados masculinos, e quais são as consequências resultantes da percepção social para as desportistas do sexo feminino e para a sociedade.
4. Revisão de Literatura
Há, na atualidade, um crescente grupo de mulheres que tentam inserir-se na prática de esportes. Entretanto, devido ao preconceito existente, muitas desistem de continuar a prática. Isso se deve ao fato de, por décadas, a sociedade ter rotulado a mulher com os estigmas de mãe e “dona de casa”, submissa às ordens de seu marido, às vontades dos filhos e às necessidades da casa (DARIDO, 2002). Tais papéis sociais, que demarcam profundamente o “ser mulher”, podem não ter mais a influência que tinham nos anos anteriores ao século XX, mas ainda é possível perceber que certos âmbitos da vida da mulher se encontram sob esses padrões, como ocorre com o esporte.
4.1 Os esportes e a masculinidade: simbolismos sociais
Os indivíduos, independentemente de qual cultura estejam inseridos, já possuem uma representação que demarca a diferença entre os gêneros feminino e masculino. É socialmente esperado de um homem que este apresente comportamentos classificados como masculinos, e, de uma mulher, que tenha determinadas características consideradas femininas (HYDE, 1995). A questão se instala quando essas categorias tornam-se tão rígidas ao ponto de não poderem ser mudadas por uma sociedade, acompanhando um movimento social cada vez maior, a saber, a