Pensando
"Em certo sentido toda pessoa está limitada pela linguagem; as coisas do lado de fora da esfera da linguagem não podem ser concebidas claramente. A formação das ideias e a extensão de suas ligações são todas controladas pela linguagem que o falante aprendeu desde a infância, que também controla a inteligência e imaginação do falante. Apesar disso, entretanto, todos os pensadores independentes e de mente aberta são capazes de criar linguagem; de outra maneira a ciência e a arte nunca estariam aptas para desenvolverem-se de seu estado original para o seu atual estado de perfeição."1
Ludwig Wittgenstein pode ser considerado um dos idealizadores da virada linguística. Isso pode ser compreendido a partir das ideias presentes em seus primeiros trabalhos de que os problemas filosóficos surgem de uma falta de compreensão da lógica da linguagem (Tractatus Logico-Philosophicus), e suas observações sobre os jogos de linguagem em seu trabalho posterior (Investigações Filosóficas). É dele a famosa frase "Os limites de minha linguagem significam os limites de meu mundo".2
Movimentos intelectuais muito diferentes entre si estiveram associados com o termo "virada linguística". Ele se tornou popular com a antologia The Linguistic Turn. Essays in Philosophical Method que Richard Rorty editou em 1967. De acordo com Rorty, que mais tarde disassociou-se da virada linguística e da filosofia analítica em geral, a frase "the linguistic turn" ("a virada linguística") foi criada pelo filósofo austríaco Gustav Bergmann.
Na década de 1970 as humanidades reconheceram a importância da linguagem como um agente estruturador. Foram decisivas para a virada linguística nas humanidades os trabalhos de outra tradição, especificamente o estruturalismo de Ferdinand de Saussure e o consequente movimento do pós-estruturalismo. Entre