Pensamento e linguagem
Por mais que a palavra “comunicação” esteja presente em diferentes contextos da área da saúde, estudos demonstram que na rotina hospitalar alguns profissionais com pouca ou nenhuma habilidade comunicativa causam impactos negativos nas relações com seus pacientes e familiares; sem preparo suficiente, causam mal- entendidos que abalam a confiança e a segurança do paciente para com a equipe multiprofissional de saúde. Não há como negar que na sociedade contemporânea o valor da “comunicação interpessoal” assumiu proporções exponenciais nas redes virtuais de relacionamento, bem como nas situações presencias capazes de expressar as dimensões emocionais, intelectuais, motivacionais e afetivas de cada indivíduo. Não obstante, os profissionais da saúde estão inseridos neste contexto em que o “ato de comunicar” vai além de simplesmente informar, devendo o profissional saber lidar com as reações emocionais dos pacientes, utilizando linguagem clara, evitando códigos, abreviaturas, e discursos tecnicistas. Cabe à equipe de saúde também se responsabilizar pelo sigilo e confiabilidade de todas as informações pessoais, bem como da história de vida do paciente, seu diagnóstico e prognóstico. Nessa perspectiva surge a comunicação terapêutica como uma atividade diferenciada de comunicação na área da saúde, capaz de identificar na narrativa do paciente suas dimensões cognitivo- afetivas, emocionais e culturais, que traduzem boa parte de sua biografia de vida e de seus recursos internos que precisam ser delicadamente percebidos e bem trabalhados pela equipe de cuidados. Regulado pela lei, o médico é o profissional que tem a condição de “portador do diagnóstico” e de