Pensamento pedagogico positivista
O pensamento pedagógico positivista consolidou a concepção burguesa da educação. Seu maior expoente foi Augusto Comte (1798 - 1857), que tem como principal obra o "Curso de filosofia positiva", publicado em 1830 e 1842.
Comte combateu o espírito religioso, mas acabou propondo a instituição do que chamou "religião da humanidade" para substituir a Igreja.
Segundo ele, a humanidade passou por três etapas sucessivas: o estado teológico, durante o qual o homem explicava a natureza por agentes sobrenaturais; o estado metafísico, no qual tudo se justificava através de noções abstratas como essência, substância, causalidade, etc; e o estado positivo, o atual, onde se buscam as leis científicas.
Herbert Spencer (1820 - 1903) discípulo de Comte, deixou de lado a concepção religiosa do mestre e valorizou o princípio da formação científica na educação.
Um dos principais expoentes na sociologia da educação positivista foi Émile Durkhein (1858 - 1917), que considerava a educação como imagem e reflexo da sociedade. A pedagogia seria uma teoria da prática social.
Para os pensadores positivistas, a libertação social e política passava pelo desenvolvimento da ciência e da tecnologia, sob o controle das elites. O positivismo nasceu como filosofia, portanto interrogando-se sobre o real e a ordem existente, mas, ao dar uma resposta ao social, afirmou-se como ideologia.
Segundo o autor, a expressão do positivismo no Brasil inspirou a Velha República e o golpe militar de 1964. Segundo essa ideologia da ordem, o país não seria mais governado pelas "paixões políticas", mas pela racionalidade dos cientistas desinteressados e eficientes: os tecnocratas.
No Brasil, o positivismo influenciou o primeiro projeto de formação do educador, no final do século passado. O valor dado à ciência no processo pedagógico justificaria maior atenção ao pensamento positivista.
Durkhein, ao contrário de Rosseau declarava que o homem nasce egoísta e só a sociedade,