Pensamento classico
Durante o século XX foi possível observar a utilização do estudo histórico da Antiguidade Clássica como base legitimadora de movimentos ideológicos e políticos dentro da Europa. Destacando as duas décadas deste século, a França passou por um período em que os partidos de extrema direita estavam em ascensão e a presença da Antiguidade Clássica nos discursos políticos que buscavam legitimar o extremo nacionalismo e xenofobismo.
De designações diversas, esses grupos de radicalização política, comumente, aproximaram-se e se aproximam, em suas propostas, de vertentes nacionalistas (e, mesmo, europeístas) e xenófobas. A Antigüidade Clássica (mas não só), não raro, esteve na origem das justificativas dessas propostas. (SILVA, Glaydson José da. 2007:99). ¹ Utilizaram-se do estudo histórico da antiguidade clássica nos jogos políticos, os franceses e sua capacidade de instrumentalizar e compreender os mesmos. Construíram seus pilares para legitimar as propostas dos grupos direitistas com base na historiografia, onde a história da Antiguidade Clássica está marcada por vínculos com ideologias de justificação e legitimação de direitos e desigualdades raciais.
A GRECE - Groupement de Recherche et d’Étude pour la Civilisation Européenne, com suas ideias de superioridade racial, concepções de extrema direita, pode também ser incluída na parcela de direitistas que não tiveram total compromisso com a verdade, distorcendo os discursos do mundo antigo, para beneficiar suas bases extremistas. A Front National, a principal frente de discurso político direitista também.
Numa perspectiva antiigualitária, em sua ótica à imagem da natureza e da História, o GRECE concebe sua visão de homem e de mundo, percebendo que as culturas são diferentes e dão respostas diferentes às questões essenciais. ... toda tentativa de unificá-las termina por destruí-las ...” ²
A “Nouvelle Droite” foram aqueles intelectuais que