pensadores
COMÊNIO - (1592-1670)
A obra mais importante de Comênio (1592-1670), Didactica Magna, marca o início da sistematização da pedagogia e da didática no Ocidente. No livro, o pensador, que é considerado o primeiro grande nome da moderna história da educação, realiza uma racionalização de todas as ações educativas, da teoria didática até as questões do cotidiano da sala de aula. Nas relações entre professor e aluno seriam consideradas as possibilidades e os interesses da criança. O professor passaria a ser visto como um profissional, não um missionário, e seria bem remunerado por isso. Embora religioso, Comênio propôs uma ruptura radical com o modelo de escola da Igreja Católica, voltado para a elite e dedicado aos estudos abstratos. Ele ousou ser o principal teórico de um modelo de escola que deveria ensinar “tudo a todos”, incluídos os portadores de deficiência mental e as meninas. Comênio acreditava que o homem deve se dedicar a aprender e a ensinar. Assim, ele concluiu que o mais importante na vida não é a contemplação e sim a ação. Comênio queria mudar a escola com a didática e a sociedade com a educação.
JEAN-JACQUES ROUSSEAU - (1712-1778)
O princípio fundamental da obra de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) é que o homem é bom por natureza, mas está submetido à influência corruptora da sociedade. Publicou, em 1762, suas obras principais, Do contrato social – sua concepção de ordem política – e Emílio – tratado sobre educação, no qual prescreve a formação de um jovem fictício, do nascimento aos 25 anos. O objetivo é não só planejar uma educação com vistas à formação futura, mas também propiciar felicidade à criança enquanto ela ainda é criança. Rousseau intuiu na infância várias fases de desenvolvimento, sobretudo cognitivo. Foi, portanto, um precursor de Maria Montessori e John Dewey. Para Rousseau, a criança deveria ser educada em liberdade e viver cada fase da infância na plenitude de seus