Pedagogia
Pesquisas mostram que a escola tem sido um verdadeiro "inferno" para alunos homossexuais: eles são ignorados ou impedidos de participar de atividades em grupo, seus objetos são furtados, são alvos de piadinhas e xingamentos, ora são agredidos fisicamente das mais variadas formas. "Fica difícil ir bem nos estudos e até ter vontade de ir para a escola numa situação como essas", afirma Lula Ramires, coordenador do Corsa.
A pesquisa "Juventudes e Sexualidade", publicada pela UNESCO em 2004 e aplicada em 241 escolas públicas e privadas do Brasil, mostra que, entre os pesquisados, 39,6% dos meninos não gostariam de ter um colega de classe homossexual. Dados compilados pelo Grupo Gay da Bahia indicam que o Brasil teve cerca de 200 assassinatos relacionados à homofobia em 2009. O número é 4,5% maior do que o de 2008, quando o país teve 189 homicídios de homossexuais.
A escola não é capaz de combater o preconceito contra gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis sozinha. Mas, segundo o estudo "Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil", da Fundação Perseu Abramo, o ambiente escolar é o melhor lugar para por fim à homofobia. Os resultados da pesquisa mostram que, enquanto metade dos brasileiros que nunca frequentou a escola assume comportamentos homofóbicos, apenas um em cada dez brasileiros que cursaram o ensino superior apresenta o mesmo comportamento.
Além disso, a homofobia manifestada na forma de bullying nas escolas faz com que alunos desistam dos estudos. Além de instigar o