pedagogia
GARANHANI, Marynelma Camargo – UFPR
GT: Educação da Criança de 0 a 6 anos / n.07
Agência Financiadora: PICDT-CAPES / UFPR
Introdução
No Brasil, o profissional responsável pela educação da criança de 0 a 6 anos apresenta, em sua grande maioria, qualificação profissional não satisfatória. O próprio Ministério da Educação (MEC) informa:
No Brasil, a formação dos profissionais que atuam em educação infantil, principalmente em creches, praticamente inexiste como habilitação específica. Assinala-se que algumas pesquisas registram um expressivo número de profissionais que lidam diretamente com criança, cuja formação não atinge o ensino fundamental completo. Outros concluíram o ensino médio, mas sem a habilitação de magistério e, mesmo quem a concluiu, não está adequadamente formado, pois esta habilitação não contempla as especificidades da educação infantil. (BRASIL/MEC/SEF/DPE/COEDI, 1998-b, p.18).
Essa situação expõe os profissionais da Educação Infantil a uma fragilidade, enquanto categoria profissional, como também a uma diversidade de nomes pajem, babá, recreacionista, monitor(a), atendente, professor(a) e educador(a) para caracterizar as suas funções.
Preocupados com essa situação, alguns pesquisadores brasileiros (Cerisara, 2000; Machado 1998 e 1999; Cruz, 1996; Scarpa, 1998 e Sebastiani, 1996) formulam argumentos acerca da necessidade de definir a especificidade e formação da educadora1 termo eleito para se referir, no estudo, ao profissional responsável, diretamente, pela educação da criança pequena.
Cruz (1996, p.83) adverte:
Aqui no Brasil, como já vimos, ainda estamos muito longe de podermos contar com um corpo de profissionais realmente competentes atuando nas diversas instituições públicas ou privadas espalhadas pelo país. A grande maioria dos que possuem escolaridade mais elevada (mesmo que não tenham se beneficiado com estudos