A sociedade está passando por grandes mudanças no que se refere às relações étnico-raciais. Reivindicações que há muito tempo sendo discutidas pelos movimentos sociais organizados, que tem forçado o país a assumir posturas e compromissos que visam combater as desigualdades. Discriminações e racismo que ainda permeiam a sociedade brasileira. De acordo com a lei 12.711 define cotas raciais para alunos negros e indígenas, assim como a reserva de percentual de vagas em concursos públicos, demonstram o direito deste grupo étnico dentro da sociedade brasileira. Cujo sistema de cotas visa exatamente equiparar materialmente um grupo de pessoas que ao longo da história foram vítimas de discriminação social e estatal. A catequese do escravo, reduzida à expressão mais simples no aprendizado dos símbolos da fé, guardava o propósito de integrá-los desigualmente, num mundo de brancos e senhores. É necessariamente lembrar que a catequese do indígena era intrinsecamente diferente da do negro. Primeiro, porque o indígena era um homem livre, natural da terra, protegido pela Igreja e pela própria justificação da colonização, objeto de bula papal. Assim, o indígena era aldeão dos aldeamentos e nas missões se dava a sua catequese, enquanto que a catequese do negro se dava no espaço do branco, - nas fazendas ou nas cidades, como escravizado. A Lei nº. 10.639/03, da Educação Básica da Rede Pública de Ensino demonstra a mudanças e lutas, sobretudo, dos movimentos negros para uma educação mais universal e igualitária e surge como importante política pública, de enfrentamento ao preconceito e à discriminação racial. Na sua obrigatoriedade que trata da inclusão nos currículos das escolas de educação básica de todo o país, do Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e africana. Com o intuito de uma nova abordagem para o ensino de história em sala de aula, a lei nos proporciona pensar sobre a herança da sociedade escravista, e este trabalho visa ressaltar que é de grande importância que o