Pedagogia
Apesar de Atenas e Esparta terem sido cidades da Grécia, ambas tinham uma visão muito diferente de educação. O que influenciou muito o modelo educativo dessas cidades-Estado foi o modelo de Estado adotado por elas. Em Esparta, cujo modelo de Estado tenha sido o totalitário, a educação era baseada no conformismo e no estatismo. Tal educação tinha por objetivo formar cidadãos-guerreiros. Já em Atenas, o modelo de Estado era o democrático, o que justificaria a difusão da escrita a todo o povo. A educação espartana era obrigação do Governo. Desde o nascimento até a morte, o espartano pertencia ao Estado, sendo que os recém- nascidos portadores de deficiência física ou mental eram eliminados. A partir dos sete anos de idade, a educação dos espartanos passava a ser obrigação do Estado. A partir desta idade, as crianças de Esparta, do sexo masculino, eram retiradas da família e inseridas em escolas-ginásios onde, até os 16 anos, recebiam uma formação do tipo militar, que favorecia a aquisição da força, da coragem e do vínculo de amizade, onde a obediência era tida como um valor. Se um jovem tivesse fome, era permitido que furtasse alimentos, mas caso fosse pego roubando, era castigado com chibatadas, não pelo fato de ter roubado, mas por ter sido pego, já que se acreditava que isso seria bom para sua formação, pois estaria aprendendo a lutar contra a fome. Com relação à leitura e a escrita, muito embora não tivessem um papel de destaque na educação espartana, integravam tal educação. As atividades físicas também faziam parte da vida das mulheres espartanas, em especial para suportar a gravidez. Concluído o período de formação educativa, os cidadãos espartanos, entre os vinte e os sessenta anos, eram obrigados a participar das guerras. De outro lado, a educação ateniense, ao contrário da espartana, tinha como objetivo a formação integral do indivíduo, a formação de indivíduos completos, com bom