pedagogia
A reflexão filosófica é tida como radical porque é um movimento de volta do pensamento sobre si mesmo para conhecer-se a si mesmo, para indagar como é possível o próprio pensamento. Não somos somente seres pensantes. Somos também seres que agem no mundo, que se relacionam com os outros seres humanos, com os animais, as plantas, as coisas, os fatos e acontecimentos, e exprimimos essas relações tanto por meio da linguagem quanto por meio de gestos e ações.
Filosofar é ter seu próprio pensamento, mas só se consegue fazer isso apoiando no conhecimento anterior. A filosofia não é apenas uma aventura; também é um trabalho, que requer esforços, leituras, ferramentas. Os primeiros passos costumam ser cansativos e já desanimaram mais de um.
Se levássemos em consideração os pensadores mais antigos onde acreditavam que existiam pessoas “aptas a filosofar” e que não eram todos capacitados, poderíamos dizer que as crianças não seriam as pessoas mais indicadas para possuir a Filosofia em seu ensino educacional.
No entanto, hoje vem se fortalecendo cada vez mais a idéia de que as crianças estão muitas vezes mais preparadas a filosofar do que alguns adultos. Pois encontram-se no auge de seu desenvolvimento, com sede de conhecimentos e estão buscando desvendar as curiosidades que as perseguem, e isso é o que as compete a uma capacidade de questionamentos, esses não podendo ficar somente jogados ao ar. Por isso que precisamos dentro do âmbito escolar colocar mais ênfase nesses tais questionamentos para conseguirmos com que a criança estimule seus pensamentos em reflexões mais profundas a fim de levantar hipóteses e buscar uma resposta onde trará satisfações ou até mesmo ocasionará mais inquietações em uma determinada situação. Por tudo isso é que não podemos perder essa oportunidade de estimula-las, porque uma criança não tem medo de dizer que não sabe,