pedagogia
Livro: MARCELLINO, Nelson Carvalho (Org.). Lúdico, Educação e Educação Física. Ijuí. Rio Grande do Sul: Ed. Unijuí, 1999. O texto nos leva a pensar na criança como um indivíduo passivo e sem direito ao lazer. A frase “primeiro o dever, depois o prazer” permeia pelo texto e nos mostra como a escola tenta adestrar a criança, para que esta cumpra suas obrigações. Essas obrigações a qual me refiro são as atividades escolares, tarefas e provas que, de certa forma, perturbam as crianças que ainda veem a escola como um local de brincadeiras e diversão. O dever da criança na escola é estudar para alcançar boas notas, e o prazer é a gratificação pelo esforço feito, que será a tão almejada nota dez. O furto do lúdico acontece e a criança se ver acorrentada à responsabilidade. A escola prepara a criança para o amanhã, para o depois de amanhã e assim sucessivamente, e esquece o que a criança é no hoje, um ser que necessita de ludicidade, um ser composto pelo lúdico. É difícil pensar no hoje, pois as crianças são apenas seres que estão em treinamento para uma vida futura e distante, o agora não tem relevância, por que a criança é um ser insignificante e que precisa ser futuramente alguém bem sucedido em todas as áreas de sua vida. São por esses motivos que o lúdico é banido das escolas, por que se baseia na atualidade, ele se preocupa com o aqui e o agora, não com a preparação para um futuro que não existe. A infância é a fase mais importante na vida de uma pessoa, pois esta terá experiências inesquecíveis, para isso é importante nessa fase deixá-la viver, brincar, imaginar, sonhar e criar, para que no futuro não se torne um indivíduo amargurado e solitário.