PEDAGOGIA
Docente
Metodologia do Ensino da Matemática
Prof. Juliano Mineli
Módulo:
3.1
Aprender a contar
Quantos tem? Uma situação específica
Consideremos a seguinte situação, que pode ser traduzida em um enunciado adaptado a crianças de cinco ou seis anos:
"Nestes copinhos, temos tinta. Você tem de pegar os pincéis ali e colocar um, e somente um, em cada copinho, e tem de trazer todos os pincéis de uma vez, e não pode sobrar nenhum copinho e nenhum pincel. Se você errar, tem de recolher todos os pincéis, levá-Ios para lá e começar de novo.
Você saberá contar quando puder fazer isso, mesmo quando houver muitos copinhos'. Mais precisamente, a criança saberá quantos tem quando desempenhar os dois papéis: o de solicitar (como emissor) a alguém (um receptor), oralmente ou por escrito, a quantidade de pincéis necessários, verificando a operação; e, inversamente, o de fornecer a quantidade solicitada.
Essa situação apresenta uma característica fundamental por que, do ponto de vista didático, e modificando as variáveis cognitivas, podem ser descritas "todas" as situações de contagem,e também podem ser classificadas e comparadas todas as práticas de contagem e sua aprendizagem. As práticas usuais de contagem que acabamos de apresentar são obtidas, na situação fundamental, por supressão ou transferência de certas tarefas ao adulto. Na primeira, que poderia ser chamada, por exemplo, de "contagem popular", a criança reproduz uma série de palavras sob o controle do adulto. Na segunda, "a contagem escolar clássica", mais elaborada, a criança é responsável por fazer com que um número corresponda a um conjunto de copinhos (trabalho de emissor) ou formar um conjunto que tenha um determinado número de pincéis. Aprender a contar
Aprender separadamente essas práticas parciais implica que o adulto as ensina, exige-as, corrige-as, faz com que elas sejam imitadas e repetidas. A criança não tem condições, em nenhum momento, de determinar