Pedagogia

2 CONCEITOS E CONCEPÇÕES SOBRE O BRINCAR
2.1 O BRINCAR Diferentes concepções sobre a infância, o brincar e o aprender são possíveis de reconhecer entre pais e professores. “Brincar é uma forma de aprender, e é uma das maneiras mais ricas de aprendizagem.” (Professora, formada em Pedagogia, trinta e oito anos). O que seria este aprender? Conforme Anastasiou (2004), aprender deriva-se do verbo apreender (em latim apprehendere) que significa segurar, prender, pegar, compreender, entender. Assim, aprender é uma derivação de tomar conhecimento, reter na memória mediante estudo, receber informação de algo ou alguém. Com isso pode-se afirmar que qualquer pessoa, seja criança ou adulto, faz-se necessário apreender e não somente aprender, para que a informação não continue sendo apenas transmitida, mas também compreendida. A brincadeira pode ser um recurso a proporcionar essa apreensão, pois, no momento em que está brincando está também vivenciando este aprendizado e não apenas alguém transmitindo isto a ela. Um exemplo é quando a criança está brincando com uma bola. Dizemos a ela que toda bola é redonda e, por isso rola, mas a criança só vai aprender que a bola rola quando tiver uma na mão, jogá-la no chão, e ela escapar de sua mão rolando. Neste momento a criança vivencia o aprendizado e esse faz parte da sua vida na forma de aprendizagem. Na compreensão de uma professora de apoio de vinte e sete anos, “brincar é aprender regras, hierarquias e democracia”. Diante desta afirmação pode-se começar a diferenciar brincadeira, jogo e brinquedo. Kishimoto (2001) afirma que para existir o jogo é necessário que existam regras a serem cumpridas para que ele funcione de forma a evitar contratempos. O brinquedo, por sua vez, cria uma relação íntima com a criança, sem exigir dessa uma determinação fixa quanto ao seu uso, não se restringindo a um sistema de regras. O brinquedo traz consigo a representação do mundo que a criança imagina naquele momento. Há situações em que