Pedagoga
Introdução
O brincar é ferramenta essencial e necessária ao processo de desenvolvimento humano. O lúdico abrange o brincar e tem o mesmo sentido de infantil, diz respeito ao “inútil” do ponto de vista imediato, refere-se à atividade em si mesma que não visa algum outro fim, mas que tem grande importância no processo de desenvolvimento em longo prazo (KISHIMOTO). O senso lúdico tem papel fundamental para o ser humano, tanto no início como durante toda sua vida, devendo fazer parte do dia-a-dia de cada um, pois favorece a construção prazerosa do viver e da convivência social.
A evolução lúdica, notadamente, nos primeiros anos de vida mostra que ao brincar a criança desenvolve a inteligência, aprende prazerosa e progressivamente a representar simbolicamente sua realidade, deixa, em parte, o egocentrismo que a impede de ver o outro como diferente dela, aprende a conviver. O lúdico “não está nas coisas, nos brinquedos ou nas técnicas, mas nas crianças, ou melhor, dizendo, no”. Homem que as imagina, organiza e constrói” (Oliveira, 2000, p.10).
Temos notado que criar condições para brincar está sendo transferido, cada dia mais, do núcleo familiar para a esfera institucional mais ampla como creches, escolas, centros de lazer, etc. No entanto, como a criança aprende a brincar muito cedo, ela precisa de alguém, de um outro significativo, disponível para brincar com ela. Mas será que o brincar é entendido e valorizado, principalmente pelas pessoas. que cuidam e educam as crianças? Em que medida essas pessoas dão espaço, oferecendo tempo e oportunidades para o brincar? Procurar entender estas questões, constituiu-se o núcleo central desta pesquisa que teve o objetivo geral de conhecer a visão de educadores infantis sobre o brincar para crianças de 0 a 6 anos.
Na concepção de Kshimoto (1998) “A criança vê, constrói expressa aquilo que ela tem dificuldade de colocar em palavras” A criança aprende de modo intuitivo, ela adquiriu