Paulo de tarso
Fonte: http://missao-urbana.com/artigos/a-preocupacao-missionaria-e-real-no-antigo-testamento/
Quando se trata do Antigo Testamento, surge um debate no tocante ao papel missionário no mesmo. É real o exercer da missão no Antigo Testamento? Como expressou Lyra (2004, p. 97), “não é difícil encontrarmos a crítica por parte de alguns teólogos sistemáticos de que no Antigo Testamento não há características de um povo missionário enviado ao mundo não judeu”. Algumas posições surgem neste tocante.
1. O Antigo Testamento não apresenta preocupação missionária
Nelson Kilpp aponta o fato de que no AT não existe a preocupação missionária e chegou a esboçar sete argumentos, ou teses, para demonstrar tal fato. Esses argumentos podem ser resumidos da seguinte forma:
1) Israel não se preocupava em propagar a fé no Senhor Jeová para povos que não o aceitavam;
2) O conceito da eleição de Israel, aos poucos, entendido como tarefa diante dos outros povos (Am 3:2) e a ideia de ser uma bênção às nações (Gn 12), que podia ser praticada de variadas maneiras;
3) A mensagem dos profetas dos séculos VII e VIII apontava para a culpa do povo (denúncia), bem como proclamava juízo para o futuro. Por vezes, também, conclamavam ao arrependimento, apontando a tal como caminho para a salvação, além de anunciarem destruição das nações vizinhas, ou estas como sendo instrumentos de Deus. No entanto, a ação dos profetas não apresentava uma nítida perspectiva missionária;
4) Isaías e Miquéias apresentam o fato de que Deus fará as demais nações subirem a Jerusalém, “umbigo do mundo”;
5) No contexto do exílio em que os israelitas passaram a dar maior valor a instituições como a circuncisão, o sábado e a sinagoga, devido à necessidade de preservar a fé fora de Israel, iniciou-se a reflexão sobre como deveria ser a relacionamento de um judeu com um não judeu. “Nos cantos do Servo sofredor (Is 42; 49; 53-55), o