Vida e Obra de Paulo de Tarso
Em vista desse encontro e do seu resultado, propôs-se reconstituir aspectos das transformações ocorridas na antiguidade, particularmente em relação à filosofia que, possivelmente, criou as condições favoráveis para o desenvolvimento da nova religião entre os povos que chamavam pagãos.
A afirmação do pensamento cristão pode ser entendida, em certa medida, no pensamento helênico, pois nele se encontra toda uma rede de significado que deu condições para a elaboração de um novo tempo. O encaminhamento dado por Paulo de Tarso à doutrina cristã apresenta toda uma tendência do pensamento do filósofo romano, pois, como Paulo de Tarso, tinha como preocupação a moral do homem desse momento histórico.
Conhecido como Saulo antes de sua conversão, ele se dedicava à perseguição dos primeiros discípulos de Jesus na região de Jerusalém. De acordo com o relato na Bíblia, durante uma viagem entre Jerusalém e Damasco, numa missão para que, encontrando fiéis por lá, "os levasse presos a Jerusalém", Saulo teve uma visão de Jesus envolto numa grande luz. Ficou cego, mas recuperou a visão após três dias e começou então a pregar o Cristianismo.
Juntamente com Simão Pedro e Tiago, o Justo, ele foi um dos mais proeminentes líderes do nascente cristianismo. Era também cidadão romano, o que lhe conferia uma situação legal privilegiada.
Treze epístolas no Novo Testamento são atribuídas a Paulo, mas a sua autoria em sete delas é contestada por estudiosos modernos. Agostinho desenvolveu a idéia de Paulo que a salvação é baseada na fé e não nas "obras da Lei”. A interpretação de Martinho Lutero das obras de Paulo influenciou fortemente sua doutrina de "sola fide”.
A conversão de Paulo mudou radicalmente o curso de sua vida. Com