Paulo amarente saude mental
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Paulo Amarante é Médico, Mestre em Medicina Social pelo IMS/Uerj e Doutor em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz. Esse livre dele discorre sobre a história da psiquiatria, contextualizando seu enfrentamento ao transtorno mental. Ele fala que partindo da descrição dos primeiros hospícios, concebidos em moldes pinelianos, ele situa-nos, no enfrentamento a problemática da loucura, desde sua gênesis até a Reforma Psiquiátrica, enfatizado, dentre outros episódios. A situação da assistência psiquiátrica no Brasil, restrita ao modelo hospitalocêntrico, foi marcada pela ineficácia dos tratamentos e a violação dos direitos humanos. No final da década de 1970, muitos debates sobre a loucura e os efeitos da instituição asilar vieram à tona, e a questão da violência institucional e da segregação dos internos tornou–se pauta principal das discussões dos profissionais de saúde e grupos de familiares de internos. O modelo até então utilizado, com vistas a isolar e internar, mostrava sinais de falência. Em 1989, um projeto de lei do deputado Paulo Delgado, apresentado ao Congresso Nacional, sugeria um novo modelo de tratamento na assistência psiquiátrica. Este modelo intensificou ainda mais os debates sobre a questão antimanicomial, provocando polêmicas entre diversos setores e grupos sociais. Não virou lei, mas em 2001 um projeto substitutivo configurou–se na Lei Federal nº 10.216, que trata essencialmente dos direitos dos portadores de doenças mentais e de uma reorientação do modelo assistencial, redirecionando o atendimento para serviços de base comunitária. É neste contexto que se situa o livro Saúde Mental e Atenção Psicossocial instiga nos a refletir sobre todo o percurso da assistência psiquiátrica desde as bases da psiquiatria e do manicômio até os projetos atuais de construção de um novo "lugar social" para as pessoas em sofrimento psíquico. No primeiro capítulo, "Saúde mental, territórios e