Paul Thompson
E A SOCIOLOGIA DO TRABALHO
PAUL THOMPSON E CHRIS SMITH
• • Em junho de 1978 muitos dos principais sociólogos industriais da Grã-Bretanha se reuniram para debater a obra de Braverman ‘Trabalho e
Capital Monopolista’ (1974).
• Nesse período, a sociologia industrial esteve fragmentada, e se tornou menos capaz de explicar as novas tendências na vida econômica e no mundo do trabalho, como novas formas de conflito, a segmentação do mercado de trabalho e organização do trabalho.
• Ainda mais importante, as contas influentes da sociologia industrial tinham surgido para ver a fábrica como o destinatário de orientações externas para trabalhar e não como uma fonte de conflito e identidade, tornando-se mais preocupados com as orientações para o trabalho do que o próprio trabalho.
• O capitalismo e trabalho foram mudando. E nesse contexto, a teoria do processo de trabalho ofereceu à sociologia industrial britânica as ferramentas analíticas e empíricas para manter o interesse histórico na dinâmica das relações de trabalho e as conexões entre local de trabalho e o sistema social mais amplo.
• A teoria do processo de trabalho teve um efeito necessário e positivo na manutenção de um espaço para uma sociologia crítica do trabalho.
Nesse quadro, sustenta-se que as proposições fundamentais da teoria do processo de trabalho fornecem recursos para a resiliência e inovação.
SEGUNDO A TEORIA DE ONDA: A RECONSIDERAÇÃO
• O núcleo do programa de pesquisa da chamada segunda onda da teoria do processo de trabalho consiste em uma série de estudos empíricos historicamente focados em estratégias de controle administrativo e práticas nas organizações do trabalho.
• O argumento central é que a dinâmica das relações entre capital e trabalho não é algo hermeticamente fechado, por quanto as lutas do processo de trabalho podem ter diversos efeitos ao nível da política e da política dentro do