Paul Gauguin
1848-1903
“Coma bem, beije bem, trabalhe direito e você morrerá feliz.”
PAUL GAUGUIN nasceu em Paris, em 1848. Segundo filho de Clovis Gauguin e Aline-Marie Chazal.
Em 1849, seu pai, jornalista de “Le National” comprometido com a oposição a Louis Napoleão Bonaparte (mais tarde Napoleão III), teve de buscar asilo político no Peru, onde a esposa tinha parentes que o acolheram. A viagem transatlântica foi extremamente cansativa e Clóvis, já afetado por uma doença cardiovascular, morreu antes de desembarcar. Aline, a viúva, permaneceu em Lima, com seus dois filhos.
Gauguin, assim, cresceu em meio a uma exótica paisagem, que influenciará fortemente a sua formação artística.
Em 1854, a família retornou à França, graças à herança de Guillaume Gauguin deixada aos netos e se instalou em Orleans.
Orleans ostentava enorme tradição cultural na Europa e em nada lembrava o primitivismo das terras sul-americanas.
Em 1865, Gauguin alistou-se na Marinha, à qual serviu sem feitos heróicos até o fim da guerra franco-prussiana.
A mãe morrera em 1867, mais Gauguin tinha um protetor, Gustave Arosa, fotógrafo, amante da pintura e dono de seleta coleção de quadros contemporâneos, inclusive obras de Delacroix, Corot, Coubert, Pissarro e Daumier.
Em 1872 Gauguin abandonou a Marinha e, por conselho de Arosa, começou a trabalhar como corretor na Bolsa de Valores, ao mesmo tempo, cultivou interesse por artes plásticas e literatura.
A bem sucedida especulação na Bolsa rendeu-lhe bom padrão de vida. Em 1873, casou-se com a dinamarquesa Mette Gad, que havia conhecido por meio de Arosa.
Nessa época, Gauguin abandonou tudo para dedicar-se à arte, que ele chamava de “instinto selvagem”.
Pincéis, tintas e tela debaixo do braço, ele excursionava pelas adjacências campestres de Paris em companhia de seu amigo e colega Émile Schuffenecker.
Em 1876 arriscou inscrever no Salão dos Artistas Franceses, a obra “Bosque em