Paul Cézanne
Ao contrário de alguns de seus contemporâneos como Vincent van Gogh e Paul Gauguin, Cézanne sempre teve uma vida confortável e rotineira. Não experimentou a fome e a loucura como van Gogh. Sua vida metódica e reservada esteve bem longe do espírito aventureiro que marcou a trajetória de Gauguin, que renunciou à civilização para viver em uma ilha distante do Pacífico. Mas, apesar disso, Paul Cézanne também foi uma espécie de "maldito" em seu tempo.
Com apoio da mãe, dobrou a resistência do pai e passou a freqüentar a Academia Suíça, uma escola de arte de Paris que fazia oposição à tradicional Escola de Belas Artes. Foi quando conheceu, entre outros, Pissarro, Monet, Degas e Renoir, que viriam a fundar o movimento impressionista. Junto com eles, expôs no chamado "Salão dos Recusados", que reunia as obras dos artistas rechaçados pelo Salão Oficial.
Também participou da primeira exposição impressionista, em 1874. Mas mesmo os impressionistas não aceitariam de forma pacífica a obra inovadora de Cézanne. Alvo de chacota por parte da crítica mais conservadora, logo romperia também com os companheiros e seguiria seu próprio caminho. Tinha como objetivo converter, nos quadros que pintava, os objetos da natureza a três formas básicas: o cilindro, a esfera e o cone.
Este rigor geométrico, mais tarde, influenciaria novos artistas e seria responsável, em grande medida, pelo surgimento do cubismo. Mas, até aquele momento, Cézanne havia encontrado apenas a incompreensão da crítica e do