Patrimônio Cultural.
Sobre a Carta do Turismo Cultural: Convenção Internacional para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, Novembro de 1972.
Introdução
Este trabalho se propõe a fazer uma sucinta abordagem acerca das ponderações registradas na Carta de Turismo Cultural de 1976, levando em consideração o contexto histórico-social da década de 70. Nessa época, motivados, sobretudo, pela forma como o turismo cultural estava sendo estruturados e fomentados nos espaços, os representantes de entidades ligadas à conservação e proteção dos patrimônios cultural e natural, se reuniram na Bélgica para promover acordos e criar soluções a respeito da massificação dessa segmentação, cada vez mais nociva e prejudicial à idéia de conservação do patrimônio.
Desse encontro em 1976 surgiram novas medidas e foi oficializado o acordo por meio da Carta. Sua pretensão de intervir positivamente nas práticas do turismo, vislumbrando, principalmente, orientar a segmentação do turismo cultural, serviu como exemplo norteador para o re-planejamento dessa atividade e mesmo como um forte instrumento reflexivo para a aplicabilidade da mesma - que tentaria, a partir de então, sempre prever sua interferência no espaço e na identidade local. Através da Carta, pode se ponderar criticamente os fenômenos que assolam o turismo cultural e a reafirmar o respeito ao patrimônio e aos valores culturais como importantes fatores para a própria preservação e amenização dos impactos causados pelo incontrolável crescimento do turismo.
Contexto da década de 70
Fazendo um breve panorama histórico social da década de 70, podemos citar a crise do petróleo de 73, responsável por evidenciar o equívoco de possuirmos uma economia basicamente sustentada por fontes de energia não renováveis. Nesse momento, foi percebido que os recursos naturais não são perenes e que seria de extrema necessidade investir em fontes alternativas assim como pensar numa forma de se respeitar os limites da