Patologias

2.3 TIPOS DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
2.3.1 Carbonatação
Reação do gás carbônico (CO2) com a umidade presente no concreto formando o ácido carbônico (H2CO3). Este ácido reage com o hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) presente na pasta de cimento hidratada reduzindo o pH para valores próximos a 8,5, desta forma a região mais externa da peça de concreto abandona sua característica básica (normalmente o concreto apresenta pH entre 12,6 e 13,5) passando a ser mais neutra. A carbonatação em si não deteriora o concreto, mas quando a sua ação atinge a armadura ocorre a despassivação do aço e este passa a sofrer diretamente as ações da agressividade ambiental.
Pode ser detectada através de um ensaio a base de fenolftaleína. Aplica-se o indicador químico na superfície do concreto, a parte carbonatada fica incolor (pH < 8,5) e a parte não carbonatada adquire a cor vermelho-carmim.
2.3.2 Cobrimento deficiente
Cobrimento é a camada de concreto delimitada entre a face externa da armadura (em geral a face externa do estribo) e a face externa do concreto. Sua função é impedir o contato direto das armaduras com humidade e (ou) substancias que possam resultar em oxidação das armaduras. A dimensão do cobrimento é em função da agressividade ambiental do meio que o concreto se encontra e o tipo de estrutura analisada (viga/pilar, laje e estrutura em contato com o solo), desta forma a ABNT NBR 6118/2014 recomenda esses valores através de uma tabela, já apresentada neste presente trabalho (Tabela X - Correspondência entre classe de agressividade ambiental e cobrimento nominal para ∆c = 10 mm).
Pode ser detectada em peças que apresentam a armadura visível devido ao destacamento do cobrimento.
2.3.3 Contaminação por cloretos
Os níveis de cloreto acima do normal em uma estrutura de concreto podem ser resultado do uso de aditivos à base de cloretos, o uso de água da rede pública no emassamento de concreto e a penetração de cloretos presentes no meio ambiente (regiões à