patologia
Antes de tudo é importante alinhavar alguns conceitos relacionados ao uso de SPA e que nos permitirão compreender melhor os critérios diagnósticos e as formas clínicas da dependência.
A dependência de uma substância é um fenômeno que envolve aspectos biológicos e psicológicos que foram considerados na elaboração dos atuais critérios diagnósticos. Embora apresentem algumas diferenças, a Classificação Internacional de Doenças (CID-10) e o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) consideram aspectos em comum no diagnóstico da dependência de substâncias.
Em linhas gerais podemos fazer as seguintes caracterizações:
Tolerância – Necessidade de quantidades crescentes de determinada substância para obter um determinado efeito, ou redução do efeito com o uso continuado da mesma quantidade.
Abstinência – Sinais e sintomas físicos e psíquicos que surgem em decorrência da interrupção ou redução do consumo de determinada substância, e que em geral impulsionam ao uso para aliviar tais sintomas.
Descontrole – Desejo e falha em reduzir ou controlar o uso.
Saliência do comportamento – Prioridade do consumo em detrimento de outras atividades ou responsabilidades, com significativa utilização do tempo no sentido de usar ou obter a substância. Uso apesar da consciência do malefício.
Também recebe classificação o uso nocivo, que exclui os critérios para dependência, mas considera danos tanto nas esferas física quanto psíquica e até mesmo social e legal.
O uso de SPA pode levar aos estados de dependência e uso nocivo, como já citado, mas também a comprometimentos agudos e crônicos tais como intoxicação