patologia
Glicosaminoglicanos são polímeros lineares longos, não flexíveis e com cadeias não ramificadas, e têm como base unidades dissacarídicas repetidas. Um dos monossacarídeos que compõem os dissacarídeos é sempre a N-acetilglicosamina ou a N-acetilgalactosamina. Outro monossacarídeo é, na maioria dos casos, um ácido urônico.
As unidades dissacarídicas são formadas por uma hexosamina (açúcar de 6 carbonos com grupo amina, como a N-acetilglicosamina) ligada a um monossacarídeo não nitrogenado (em geral um ácido urônico).
Funções
São componentes fundamentais na Matriz Extracelular, nos tecidos conectivos, cumprindo várias funções. Todos possuem abundância de grupos aniônicos, o que lhes proporcionam grande afinidade com a união de íons como sódio e água, o que condiciona sua grande capacidade higroscópica, e tendem a ocupar grande volume. Estes glicoconjugados participam em numerosas funções celulares, além de oferecer um meio Peri celular hidratado. Formam géis com poros de tamanho variável, que atuam como filtros que regulam a passagem de moléculas através do espaço extracelular; fixam fatores tróficos, permitem a formação de gradientes de moléculas quimiotáticas, e absorvem moléculas-sinal para uma diversidade de funções celulares, bloqueiam e estimulam ou guiam a migração e dispersão celular através da MEC.
Em algumas GAG's, uma ou mais hidroxilas do açúcar aminado estão sulfatados, o que dá aos glicosaminoglicanos uma alta densidade de cargas negativas. Sendo negativas, atraem cátions como o Na+, líquido tissular, e permite resistência a forças de compressão, além de torná-la um excelente lubrificante para as articulações.
Uma GAG não sulfatada, o Ácido hialurônico, forma soluções altamente viscosas e claras que funcionam como lubrificantes nas articulações, compõem a matriz da cartilagem e dos tendões - conferindo-lhe elasticidade e resistência a tensão. Algumas bactérias patogênicas liberam uma enzima chamada hialuronidase, que quebra o