PATOLOGIA DO TRABALHO
Patologia do trabalho é dividido em três partes e contém índice remissivo bem elaborado e de fácil consulta.
Já na primeira parte – Introdução e Bases Conceituais –, as motivações que podem gerar aflição a alguns são, por si, um grande momento do texto. No primeiro capítulo – Aspectos Históricos da Patologia do Trabalho, ao lado de excelente histórico das formas de reconhecimento das relações entre o adoecer e o trabalho no mundo e do espaço dedicado especificamente ao Brasil, é explícita a compreensão da ocorrência de grandes mudanças quanto aos sujeitos e objetos das investigações na área de Saúde e Trabalho, na dependência de sua 'fase histórica'. Isto torna-se nítido quando é apresentado o percurso, assim tratado e denominado seqüencialmente: da Saúde Pública à Higiene do Trabalho e Saúde Ocupacional; das Doenças Profissionais às Doenças Relacionadas com o Trabalho e das Doenças Relacionadas com o Trabalho à Saúde do Trabalhador.
Ao assumir voltar-se às Doenças Relacionadas ao Trabalho, ou seja, ao aceitar a imprecisão e o nebuloso limite entre a fonte laboral e/ou não laboral do adoecer e, ainda, ao apontar o novo espaço quase-paradigma da Saúde do Trabalhador como a intenção político-técnica em que se envolvem técnicos de vários matizes profissionais e os trabalhadores em busca de um pathos do trabalho, o Prof. René Mendes, com a dimensão e difusão de seus textos, faz lembrar, e mesmo provoca, nos bastiões que ainda resistem à discussão do