Patologia AVE
INTRODUÇÃO
O termo Acidente Vascular Cerebral, também conhecido como ‘derrame’, significa o comprometimento súbito da função cerebral por inúmeras alterações histopatológicas que envolvem um ou vários vasos sanguíneos intracranianos ou extra cranianos.
O grande problema em relação ao derrame não se encontra apenas na mortalidade, mas também na incapacitação que impõe ao indivíduo, como não se alimentar ou locomover sozinho, além do problema social.
A incidência americana está estabilizada em torno de 0,5 a 1,0 caso para cada 1.000 habitantes. Em alguns países da Europa e no Japão, esta incidência chega a 3 para cada 1.000, por motivos que não se pode explicar até o momento. No Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram que 87.338 indivíduos morreram de comprometimento vascular cerebral (a maioria AVC) em 2002, enquanto o enfarte provocou 61.477 mortes.
O AVC é a terceira principal causa de morte entre as patologias clínicas e a mais freqüente causa de mortalidade entre as doenças neurológicas após a Síndrome de Alzheimer. Estes índices são maiores entre os negros e proporcionais em relação ao sexo (mais freqüentes nos homens, porém mais mortal para as mulheres).
Estaremos vendo mais detalhadamente as causas e o tratamento para esta patologia.
Fisiopatologia
Uma vez ocorrida interrupção da circulação arterial, segue-se a isquemia, liberando glutamato (neurotransmissor excitante) que aumenta o metabolismo celular, conseqüentemente aumenta a entrada de cálcio (Ca+), levando ao acúmulo de liquido entre os neurônios, tendo como conseqüência um desequilíbrio iônico, levando a parada do funcionamento e morte celular. Esse processo é caracterizado por uma área de penumbra ou área de sofrimento celular, uma vez que, essas séries de alterações funcionais e estruturais surgirão no território acometido (O' SULLIVAN, 2004).
Para Nonino; Kreulich (2008)por outro lado, as áreas vizinhas com