Pastagem Ovinos
Antônio Ricardo Evangelista1
Josiane Aparecida de Lima2
I – INTRODUÇÃO
A criação de ovinos no Brasil de forma mais técnica até há pouco tempo, era restrita a algumas regiões do sul do país e, mesmo nelas, a intensidade da criação e o nível tecnológico não eram dos mais intensos.
Nos últimos dez anos, esse quadro tem se modificado, observando-se a expansão da criação para outras regiões, acompanhada de uma intensificação tecnológica que envolve, entre outros aspectos, o emprego de raças especializadas, exigindo manejo mais adequado, incluindo o uso de pastagens mais apropriadas aos hábitos desses ruminantes.
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Professor Titular do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de
Lavras-MG. Bolsista do CNPq.
Doutor em Zootecnia – Área de Pastagem e Forragicultura. Bolsista RecémDoutor – CNPq.
II - FORMAÇÃO DA PASTAGEM
2.1. Escolha da espécie
O processo de formação de uma pastagem inicia-se com uma reflexão,
tentando
responder
a
algumas
perguntas
pertinentes ao desenvolvimento da prática. É importante saber, por exemplo, qual será a sua finalidade principal. Em função do hábito de pastejo dos ovinos, os quais preferem fazê-lo próximo ao solo, é conveniente que as plantas forrageiras escolhidas sejam de porte baixo e que formem relvados densos.
Um fator importante, a se considerar hoje em dia é o meio de propagação das espécies, que pode ser por mudas ou por sementes. A maior parte das forrageiras indicadas para ovinos, multiplica-se por mudas, que, é mais oneroso do que por sementes. Ao formar-se uma pastagem deve-se preocupar também com a longevidade da mesma, desejando-se que seja a maior possível, o que evidentemente, ocorre quando o manejo é correto. Interferem nesse aspecto os fatores ligados à resistência da planta forrageira ao pastejo (pisoteio), pragas e doenças, seca, frio e a ocorrência de fogo. Também pesa na opção por uma ou outra espécie forrageira, o método