Pascal e john locke
LICENCIATURA EM FILOSOFIA
SÃO LUIS, 18 DE SETEMBRO DE 2012
JACKSON RONNEY, JOSEAN RIBEIRO.
O homem pode ser visto a partir de sua natureza como um ser possuidor de uma grandeza assim também como detentor de uma pequenez. Este é o paradoxo no qual o homem está inserido. Este ao mesmo tempo em que se diferencia do resto da natureza, a partir do seu pensamento, é capaz de se opor ao resto do universo.
Desta forma, aquilo que caracteriza o homem como ser capaz e que lhe atribui sua dignidade, é, pois, o pensamento. Podemos perceber que embora o ser humano que pela sua condição natural se diferencia do resto da natureza, esta volta-se para ele.
Se, pois, o pensamento é aquilo que enaltece a condição humana e que faz com que o homem seja esse ser diferenciado dentro da própria natureza, devemos então dizer que esse pensamento deve partir do próprio pensar sobre si mesmo. Infelizmente, muitas vezes, o homem é capaz de se surpreender com coisas imitáveis que se apresentam na natureza, porém, não é capaz de se admirar com sua própria natureza humana em relação à própria natureza.
Contudo, há verdades que constituem o universo e que estão para além do pensamento. Tais verdades como o princípio e o fim das coisas são incapazes de serem aprendidas pela razão humana, desta forma, permanecem ocultas. Mais uma vez, podemos dizer então que o homem se encontra entre o tudo e o nada, bastando-lhe recorrer ao campo das razões não-demonstráveis que garantem as certezas das quais se está persuadido – intuição das coisas primeiras. A este campo das razoes não-demonstráveis deve-se a fé religiosa; ela exprime o fato de a razão não conhecer tudo, porém, não despreza as coisas pelas quais a razão pode conhecer.
Devemos por isso tornar a religião venerável, e depois amá-la. A religião pode ajudar o homem a se conhecer, dessa forma, ela se aproxima da razão.
O pensamento