Paródia de Faroeste Caboclo (Macunaíma)

967 palavras 4 páginas
MACUNAÍMA “CABÔCO” – (PARÓDIA)
(estrofe 1)
Fruto do medo nosso herói brotou parido
Sem caráter já diziam desde que ele nasceu
Largou pra trás sua vidinha lá na selva
Só por causa de uma pedra que a brava Ci lhe deu
Quando criança só pensava em dar mergulho
Decepar saúva viva e mais tarde relaxar
Era o terror na margem dUriracoera
E de tanta malandragem só caçar não aprendeu
(estrofe 2)
Ia pro mato só pra pegar a cunhada
Que o bobo irmão Jiguê preferiu compartilhar
Virava mesmo era príncipe regente
Saciando sua sede e vontade de brincar
Um preto adulto ele preferiu virar
Mas sua caça continuou uma ilusão
Num lance errado sua mãe foi acertar
De tanto triste se “embrenhou” pelo mundão
(estrofe 3)
Pegava sempre uma fêmea onde passava
De tanto brincar direto, Mãe do Mato ele “emprenhou”
E com seis meses brotou um cabeça chata
Que de tanto tomar tapa a moleira afundou
E já sabia onde São Paula ficava
Civilização doente, muita grana e pouca flor
Ficou cansado de sofrer naquela choça
Pelo filho e Mãe do Mato, deu uma de navegador
(estrofe 4)
E navegando passou por um riachinho
E encontrou uma cascata com que foi falar
A moça pedra chorava pela vagem
Mas num ato de coragem o herói quis lhe salvar
Dizia ele eu acabo com a “boiúna”,
Cobra malandra, mas eu sou Tupã
E decepando o “cucuruco” da danada
Correu de medo e esqueceu Muiraquitã
(estrofe 5)
Uirapuru já lançou sua proposta
Fofocou que a velha pedra foi com Vesceslau
Ele partiu então pra São Paulo cidade
Com os seus manos feito guardas pra arrumar um quebra pau
- Meu Deus pra quê tanta lonjura!
- Ai que preguiça! Tô cansado de remar!
Caiu na poça, virou branco do olho azul
Era a Terra da Garoa que chegava.

(estrofe 6)
No novo lar teve a mente perturbada
Mundo era feito de máquina: carro, elevador
Mas se lembrou de sua caça incessante até mesmo o paradeiro do diacho comedor!
Vesceslau tirou sua primeira vida
E seu irmão já rebateu de lá
Truco: era o que ele

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