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Negros e brancos ainda não têm o mesmo acesso à educação no Brasil, segundo a Síntese de Indicadores Sociais de 2010 (SIS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa mostra que mais da metade da população brasileira (51,1%) se classifica como preta e parda. Mesmo assim, a proporção de estudantes negros e pardos entre 18 e 24 anos que cursam ensino superior continua sendo bem menor que a de brancos na mesma faixa etária.
Em 2009, 62,6% dos estudantes brancos entre 18 e 24 anos estavam na universidade, contra 28,2% dos negros e 31,8% dos pardos. A diferença também é grande entre as pessoas de 25 anos ou mais com ensino superior concluído. Em 2009, 4,7% dos pretos e 5,3% dos pardos nesta faixa etária tinha diploma de ensino superior, contra 15% dos brancos.
A desigualdade se reflete também nos níveis mais básicos de educação. A proporção de analfabetos nas populações negras e pardas é de, respectivamente, de 13,3% e 13,4%, enquanto a proporção de brancos analfabetos é de 5,9%.
Negro na universidade - Depois de muita luta pelos direitos dos negros a educação, o Instituto Afro Brasileiro de Ensino Superior (Afrobras) criou a Universidade Zumbi dos Palmares.
Inaugurada em 2003, trata-se da primeira faculdade idealizada por negros, tendo como foco a cultura, a história e os valores da negritude (90 % dos alunos são negros auto-declarados). É a primeira instituição de ensino superior voltada para a inclusão do negro, na América Latina.
A faculdade tem, na matriz curricular de seus cursos, o compromisso com a implantação da lei 10.639/2003 que institui como obrigatório o ensino de História da África e Afrobrasileira em todos os níveis. Isso garante que os alunos dos diversos cursos tenham a consciência do seu protagonismo na história.
Aproximadamente 90% dos alunos já formados pela Zumbi nos últimos anos são funcionários efetivos das empresas que fazem parceria com a Afrobras.
Consciência Negra - No dia 20 de novembro será