Parábola da águia e da galinha

A parábola da Águia e da Galinha, em seu sentido literal, diz sobre uma águia que foi criada em um galinheiro. A pergunta que sustenta o desenrolar da história é: será que águia deixa de ser o que é por causa da sua convivência com as galinhas? Quando o naturalista entra em cena, torna-se então uma dialética, pois defende a tese de que a águia jamais deixará de ser o que é. Para comprová-la,tenta fazer a águia voar, algo que a descaracterizaria como galinha. No entanto, o camponês refutava duvidando da tese do naturalista (antítese). Através da experiência do voo o naturalista insiste em fazer a águia voar e com a repetição dessa experiência conseguiu obter sucesso e comprovar a sua tese (síntese). Percebe-se que a águia só conseguiu voar quando estava distante das galinhas, quando abriu os olhos para uma nova tentativa diferente do contexto que estava inserida.
No sentido simbólico, podemos relacionar a parábola com o ser humano. A galinha representa as limitações que são impostas a cada um. Tais limitações podem estar presentes desde o nascimento, como o contexto social e econômico de cada um, características físicas ou adquiridas ao longo da vida, como as dificuldades psicológicas, problemas de autoestima, insegurança, entre outros. A águia está relacionada às conquistas de cada indivíduo, ao rompimento de barreiras e vitórias através de esforços. O galinheiro representa as condições de vida de cada pessoa, como o local onde cada um vive e o relacionamento com as pessoas desse meio. O camponês seria o que aparentamos ser na sociedade, o que julgam ou pensam de nós. E o naturalista é o que transmite a mensagem da parábola que é uma proposta de superação para cada um. Não importa sua história, onde nasceu, onde vive, como você aparenta ser, o que pensam de você, se acreditam ou não em você. O importante é a essência que está dentro de todos desde o nascimento que ninguém pode tirar.
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