Parnasianismo
O lema central do parnasianismo (1882 - 1893) era “arte pela arte” e surgiu como um movimento para rebater o excesso de sentimentalismo trazido pelo Romantismo. Os parnasianos valorizavam a arte como meio de busca da universalidade. Esse estilo literário recebeu este nome devido ao monte Parnaso, da Grécia Antiga, consagrado pelo deus da poesia, da medicina, das artes e dos rebanhos, Apolo.
Esse estilo literário buscava uma aproximação entre a literatura e as artes plásticas; tinha apreço pelas métricas, geralmente caracterizadas por versos decassílabos; apresentava cunho descritivo, temas clássicos, objetividade, impessoalidade e temas universais, como poesia, vaidade e beleza.
O parnasianismo aconteceu no Brasil em paralelo com o realismo e o naturalismo. A primeira publicação nesse estilo aconteceu em 1882, com Teófilo Dias, autor da obra Fanfarras. No Brasil, três grandes autores destacam-se: Olavo Bilac (“o príncipe dos poetas”), Raimundo Correia e Alberto de Oliveira.
Principais autores e obras
Olavo Bilac
Olavo Brás Marins dos Guimarães Bilac nasceu no Rio de Janeiro em 1865 e faleceu em 1918. Cursou Direito e Medicina, entretanto, não concluiu nenhum dos cursos. É considerado o “príncipe dos poetas” e era bastante exigente com sua poesia, cumprindo a rigor o formalismo parnasiano que o levava a obter efeitos e ritmos interessantes. Suas obras: Poesias (1888), Sagres (1898), Poesias infantis (1904), Tarde (1919).
Olavo Bilac é o poeta mais popular do Parnasianismo, destaca-se pelo devotamento ao culto da palavra e ao estudo da língua portuguesa. Os recursos estilísticos que mais emprega são: a repetição de palavras, o polissíndeto e o assíndeto (separados ou conjugados), suas metáforas e comparações são claras. Um de seus temas preferidos é o amor, associado, geralmente, à noção de pecado, cantado sob o domínio do sentimentalismo, fugindo às características parnasianas, como se pode observar nos 35 sonetos de Via Láctea. As estrelas