Parmênides
Nascido por volta do ano de 515 a.C., na cidade de Éleia, atual Vélia (Itália), Parmênides é considerado pelos historiadores da Filosofia como o pensador do imobilismo universal. Parmênides era figura admirada pelos filósofos de seu tempo. Teve uma vida sempre sóbria e regrada, mas não é possível afirmar isto com certeza, pois pouco sabe-se sobre sua vida. Relatos de alguns estudiosos indicam que ele tenha passado por Atenas ao completar seu 65º aniversário. Por lá, conheceu Sócrates e se tornou seu amigo. A obra “Sobre a Natureza” é o livro de maior importância que expressa seu pensamento. Este livro pode ser considerado um poema filosófico que Parmênides dividiu em duas partes: uma fala sobre o caminho opinativo e a outra tenta explicar o caminho da verdade. Parmênides batizou a primeira de “dóxa” e a segunda de "alétheia".
Apenas para tornar mais clara a sua doutrina, podemos dividi-la em:
Unidade e a imobilidade do Ser
O mundo sensível é uma ilusão
O Ser é Uno, Eterno, Não-Gerado e Imutável
Não se confia no que vê Parmênides julgava o ser uno, imóvel, indestrutível, ingênito (isto é, incriado, não nascido, não gerado) e eterno. Segundo seu modo de pensar, o não ser, o nada não existe e não pode ser nem dito nem pensado. Portanto, o ser não pode ter surgido, porque ou teria surgido do nada, o que é impossível, ou teria surgido de outro ser, justificando que o ser já era e sempre será; logo, é eterno. Nem também o ser pode se movimentar, pois se, se altera será outro ser, mesmo continuando a ser e, por isso, dois seres são impensáveis, apenas um ser é pensável. E se não foi criado, nem gerado, também não pode ser destruído, já que se destruído, algo ficará e assim permanecerá sendo. Pode-se também pensar que a filosofia de Parmênides, isto é, a do imobilismo universal ou teoria do repouso absoluto, foi usada pelas tradições religiosas (principalmente a cristã) para descrever Deus e o céu. Notem que, em geral, os mortos são