O método e a práxis (Notas polêmicas sobre geografia tradicional e geografia crítica)
Shirleide Karla de O. Silva
VESENTINI, José William. O método e a práxis (Notas polêmicas sobre geografia tradicional e geografia crítica) In: Para uma Geografia Crítica na Escola. São Paulo, 2008: Editora do Autor. P. 32-51 Desde alguns anos, o ensino de geografia vem ganhando corpo a ideia de que existe uma transição da geografia tradicional para uma geografia escolar crítica. Temos como geografia tradicional o ensino metódico, compartimentada, enquanto a geografia crítica sucede o contrário. No decorrer no texto, o autor traz questões referentes à geografia crítica e questiona o que seria a geografia crítica, quais os autores deveriam ser lidos, como ficaria o ensino na 5ª série e como ficaria a questão da natureza nessa alternativa crítica ou radical. Questões como estas são colocadas frequentementes em reuniões de professores, em encontros e em congressos da AGB (Associação dos Geógrafos Brasileiros). Desse modo, objetiva-se retomar algumas preocupações/questões referentes ao ensino de geografia expressando algumas reflexões, evidentemente, sem a pretensão de oferecer respostas definitivas.
Inicialmente, o autor afirma existir uma crise na ciência geográfica, sobretudo, no ensino da geografia, porém, alguns preferem falar que esta crise é na verdade uma transição, o que nos permite pensar ser algo momentâneo, passageiro, que está em transação/mudança. A transição indica sem dúvida um sentido, um movimento histórico determinável, sendo que a presente situação da geografia é de indeterminação, de um leque de possibilidade no qual o futuro não está decidido a priori, mas dependerá em boa parte das nossas opções e práticas. Para compreender a geografia que hoje denominados tradicional é necessário situá-la na história, ou seja, entender a sua historicidade, as suas determinações e o seu movimento. É no enraizamento histórico do geógrafo, em especial do professor, que se devem buscar as razões da crise da geografia e