Paric
O Schizolobium amazonicum pertence a família da Caesalpiniaceae, gênero Schizolobium. Seu nome vulgar varia em diferentes regiões do Brasil sendo os mais comuns o paricá (Amazonas e Pará), conhecida também como canafístula (Acre), guapuruvu-da-amazônia (Distrito Federal), pinho cuiabano (Mato Grosso), faveira (Pará) e bandarra (Rondônia) (Carvalho, 2007; Melo, 2012).
A espécie S. amazonicum ocorre na região amazônica em floresta primária e principalmente nas florestas secundárias de terra firme e várzea alta, é muito semelhante ao S. parahyba, espécie do mesmo gênero que ocorre naturalmente na Mata atlântica, esta se diferencia da S. amazonicum por florescer sem perder as folhas, possuir pétalas orbiculares e pilosas e sementes maiores (2-3cm de comprimento e 1,5-2cm de largura). Tal semelhança tem feito com que alguns pesquisadores as considerem variedades de uma única espécie, sugerindo ser o paricá o Schizolobium parahyba var. amazonicum (Hubber ex Ducke) Barneby (ROSA, 2006; MELO, 2012). Entretanto, outros autores acreditam que as diferenças fenotípicas e morfológicas entre elas são suficientes para serem consideradas espécies distintas.
Características da espécie
Pode atingir uma altura máxima de 40 m com 100 cm de DAP (diâmetro à altura do peito) na idade adulta. É uma espécie de rápido crescimento inicial, apresenta desrama natural, fuste longo com copa sem ramificação e sem nós, tronco retilíneo podendo apresentar sapopemas basais, o tronco tem coloração verde acentuada e com cicatrizes transversais deixadas pela queda das folhas, com o passar dos anos a casca torna-se acinzentada e recoberta de manchas esbranquiçadas, apresenta lenticelas.
Apresenta ramificação cimosa, com copa galhosa e aberta, com folhas longipecioladas, bipinadas, grandes, podendo chegar a 200cm de comprimento na fase jovem e reduzindo seu tamanho na fase adulta. As inflorescências são em panículas terminais vistosas e abundantes na ponta dos ramos. As flores