Parentesco entre seres vivos
Introdução
De acordo com a sistemática moderna, o processo de evolução dos seres vivos é responsável pela diversidade biológica. Assim, todas as espécies compartilham ancestrais comuns, e as semelhanças entre elas são reflexo desse processo evolutivo.
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Descobrindo nossa ancestralidade
À primeira vista, os animais cordados, entre os quais incluímos ascídias, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos, parecem muito diferentes entre si. Ascídias, peixes e larvas de anfíbios, por exemplo, vivem na água, respirando por meio de brânquias. Outros cordados vivem em terra firme e respiram por meio de pulmões. Entre estes últimos há os que caminham pelo solo e os que voam, como as aves e os morcegos. Os cordados adaptados ao ambiente aquático têm nadadeiras, já os de terra firme possuem pernas, braços ou asas; alguns têm o corpo revestido por escamas, outros têm pelos ou penas. Essas são apenas algumas das diferenças que fazem dos cordados um dos grupos mais diversificados entre os animais.
Os cientistas, no entanto, impulsionados por essa característica tipicamente humana que é a necessidade de entender a natureza, conseguiam relacionar os diversos grupos de vertebrados e explica suas diferenças e semelhanças como resultadas do processo evolutivo. Hoje sabemos, por exemplo, que o órgão flutuador dos peixes ósseos, a bexiga natatória, originou-se do pulmão das ancestrais dos peixes, os quais vivam em águas pantanosas, pobres em gás oxigênios, respirando por meio de uma bolsa ligada a sua faringe, um pulmão primitivo. Podemos dizer que a origem de nossos braços e pernas, assim como dos membros pares de aves, répteis e anfíbios, remonta a dois pares de nadadeiras carnosas de um grupo de peixes primitivos, que foi o ancestral comum de todos os vertebrados terrestres. Dessa forma, o estudo dos cordados tem permitido compreender cada vez mais suas origens e relações de parentesco evolutivo.
Conhecer os vertebrados tem um