Paralisia cerebral

1937 palavras 8 páginas
A Atuação do Psicólogo Junto ao Indivíduo Portador da Paralisia Cerebral

Autora: Renata do Carmo de Assis Trugillo

"Se eu não podia ser como as outras pessoas, pelo menos seria eu mesmo, da melhor maneira possível". Christy Brown - My left foot.

A paralisia cerebral pode ser definida como um prejuízo permanente da postura e do movimento resultado de uma desordem encefálica não progressiva (Schwartzman - 1993).

As causas da paralisia cerebral são várias, mas frequentemente encontramos:

- problemas durante a gravidez (anemia grave da mãe, hemorragias diabetes, etc).
- problemas durante e logo após o parto (rubéola, nascimento prematuro, icterícia grave, etc.)
- problemas do nascimento até os dois anos de idade (asfixias, infecções do sistema nervoso central como meningites, por exemplo).

Há alguns fatores que podem aumentar o risco de surgimento de paralisia cerebral:
- convulsões
- baixo peso fetal
- gestantes de alto risco (com hipertensão ou diabetes, por exemplo).
- idade materna (acima de 40 ou abaixo de 16).

Grande parte da psicologia do deficiente está intimamente ligada a psicologia social, ou seja, da interação desse indivíduo com outras pessoas e no ambiente próprio de cada um. Dessa forma, o indivíduo portador de paralisia cerebral será menos limitado pela sua deficiência que pela atitude da sociedade em relação à deficiência.

Há uma história espanhola que pode ilustrar isto. Fala a respeito de uma terra em que seus habitantes um a um passam a desenvolver caudas. Os primeiros habitantes que passam a desenvolver tal coisa, semelhante a dos macacos, fazem o que podem para escondê-la. Desajeitadamente enfiam suas caudas em calças e camisas largas a fim de ocultar sua estranheza. Mas ao descobrirem que todos estão desenvolvendo cauda, a história muda de forma drástica. Na verdade, a cauda revela-se de grande utilidade para carregar coisas, para dar maior mobilidade, para abrir portas quando os braços estiverem ocupados.

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