Paralisia Cerebral
Definição
Diversos autores, com o passar dos anos, buscaram definir a Paralisia Cerebral de forma a caracteriza-la da melhor forma possível para que não seja erroneamente confundida com outra patologia.
Bax (1864), definiu Paralisia Cerebral, como uma desordem do movimento e da postura devido a um defeito ou lesão do cérebro imaturo.
Bobath (1984) caracterizou este distúrbio como sendo uma lesão que afeta o cérebro imaturo e interfere com a maturação do sistema nervoso central, trazendo conseqüências específicas em termos do tipo de Paralisia Cerebral que se desenvolve, seu diagnóstico, avaliação e tratamento.
De acordo com Shepherd (1996), a Paralisia Cerebral é um grupo de distúrbios cerebrais, devido a uma lesão ou a anormalidades do desenvolvimento ocorridas durante a vida fetal ou primeiros meses de vida.
Sanvito (1997) define como um distúrbio cerebral não progressivo e não hereditário, com início antes ou no momento do parto ou mesmo logo após o nascimento.
Souza e Ferraretto (1998) consideram a Paralisia Cerebral um evento lesivo que pode ocorrer no período pré, peri ou pós-natal, sendo um grupo não progressivo mas freqüentemente mutável de distúrbio motor, secundário à lesão do cérebro em desenvolvimento.
Etiologia
A etiologia da Paralisia Cerebral é multifatorial, incluindo desenvolvimento anormal do cérebro, anóxia, hemorragia intracraniana, icterícia neonatal excessiva, trauma e infecção.
A maioria das causas de Paralisia Cerebral são de origem pré-natal por disgenesia cerebral ou malformações cerebrais.
A Paralisia Cerebral pode ocorrer devido a um erro hereditário do desenvolvimento, a fatores maternos (doença ou abuso de drogas), a problemas placentários, malformações do cérebro, à prematuridade e a fatores perinatais traumáticos que provoquem lesão do cérebro infantil. O baixo peso ao nascimento e a anóxia grave durante o parto são fatores de risco importantes. Fatores pós-natais como acidentes, anóxia por