paradoxo hidrostatico
Um sistema de vasos comunicantes é um conjunto de vasos, dois ou mais, que são postos em comunicação entre si de tal modo que um líquido que se deite num deles se distribui por todos os outros.
Nessas circunstâncias, qualquer que seja a capacidade particular de cada um dos vasos ou a sua posição relativa, supondo-os abertos, as superfícies livres do líquido, nos vasos comunicantes, ficam situadas, em todos eles, ao mesmo nível.
Pode-se pensar que o líquido contido em B, pelo fato de B ter maior diâmetro do que A, e, portanto conter uma porção de líquido de maior peso, obrigasse esse mesmo líquido a ascender mais em A. Tal não sucede.
O que está em causa é o equilíbrio do líquido, e esse equilíbrio exige, segundo a lei fundamental da Hidrostática, que a pressão tenha igual valor em todos os pontos situados a um mesmo nível, o que só se verifica quando as superfícies livres do líquido nos diferentes vasos estiverem todas no mesmo plano horizontal.
Os vasos V1 e V2 contêm o mesmo líquido homogêneo e têm por fundo superfícies de igual área. A força de pressão exercida pelo líquido sobre esses fundos de igual área tem igual valor em ambos os vasos.
Poderia pensar-se que, pelo fato do peso do líquido contido em V2 ser maior do que o peso do líquido contido em V1, a força de pressão no fundo de V2 seria superior à força de pressão no fundo de V1. Como não sucede assim e se verifica que a força de pressão tem o mesmo valor em ambos os casos, consideraram os físicos de séculos passados, que tal situação era paradoxal, e assim esta situação ficou conhecida por paradoxo hidrostático.
Mas não existe paradoxo nenhum!
O peso do líquido que o vaso V2 contém a mais relativamente a V1, em nada influi no valor da força de pressão exercida no fundo do respectivo vaso.
As forças de pressão exercidas nas paredes laterais do vaso V2 e dirigidas perpendicularmente a essas paredes, originam, por parte destas, forças de reação , também normais,