Parada PCR
Autor:
José Paulo Ladeira
Médico Assistente da Disciplina de Emergências Clínicas - Unidade de Terapia Intensiva - da Faculdade de Medicina da USP
Última revisão: 08/05/2013
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Especialidade: Cardiologia Introdução
No Brasil, mais de 1/3 das mortes decorre de causas cardiovasculares, que perfazem 300.000 casos anuais. Já nos Estados Unidos, estimam-se 250.000 mortes súbitas de causa coronariana por ano. A rapidez e a eficácia das intervenções adotadas são cruciais para que haja melhor resultado no atendimento de qualquer situação de emergência, sobretudo em casos de parada cardiorrespiratória (PCR).
O atendimento da PCR é estruturado numa sequência de intervenções aplicadas de forma integrada e contínua (Figura 1). Esta sequência é chamada de corrente da sobrevivência do atendimento cardiovascular de emergência; nela, a falha em qualquer elo da cadeia compromete o resultado do atendimento como um todo. O primeiro elo envolve o reconhecimento precoce da PCR e o chamado do sistema de emergência disponível. O segundo elo é caracterizado pelo suporte básico de vida e o terceiro é a desfibrilação precoce. O emprego de medidas avançadas de suporte de vida, como intubação e emprego de drogas, é o quarto elo. O quinto elo foi adicionado na última revisão sobre o tema, realizada em 2010. Nesse consenso, é reforçada a importância dos cuidados pós-ressuscitação aplicados aos sobreviventes da PCR, como a hipotermia induzida. Figura 1. Cadeia de sobrevivência no atendimento cardiovascular de emergência.
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Fonte: 2010 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care Science. As recomendações atuais para o atendimento da PCR foram publicadas no Consenso Internacional para Ressuscitação Cardiopulmonar de 2010. Nele, as atitudes terapêuticas adotadas durante o atendimento da PCR foram classificadas de acordo com