Para uma concepção muticultural dos direitos humanos

PARA UMA CONCEPÇÃO MUTICULTURAL DOS DIREITOS HUMANOS

Boaventura de Souza Santos em seu texto sobre a concepção multicultural dos direitos humanos mostra que estes direitos, ou uma pretensa ideia de direitos humanos, foram primeiramente utilizadas nos anos em que estava erguia a “cortina de aço” entre a política de esquerda e direita. Sendo utilizada pela principalmente pela esquerda quando havia violações cometidas pela direita, entretanto, para os amigos ditadores da esquerda se utilizavam de certa complacência, visto uma suposta necessidade de se violar direitos em prol do progresso e desenvolvimento.

Trazendo para os dias atuais, os direitos humanos estão intrinsecamente associados à globalização. Entretanto, pode-se dizer que a globalização é um processo de intercâmbio cultural, se considerar que cada cultura é incompleta, então não há como aplicar um direito geral a todas as nações. Trazendo sob esta ótica pode haver um recepção parcial dos direitos humanos em certas nações.

Para entender essa ideia é interessante analisar a maneira como o autor explanou o conceito da globalização, mostrando inicialmente dois processos, o primeiro é o globalismo localizado e o segundo o localismo globalizado, que respectivamente representam as instituições que se globalizaram como a rede norte-americana de “fast-foods” espalhados por todo o mundo e o outro, por exemplo, é um local em que reúne diversas empresas de outros países. Resultando nada mais que uma importação de “coisas” individuais de cada país, reunindo posteriormente num só local.

Já a segunda parte do conceito seria o cosmopolitismo e o patrimônio comum da humanidade, o primeiro uma pretensão à proteção dos direitos individuais e a segunda a proteção do meio comum a todos.

Os dois últimos parágrafos mostram na verdade um conflito entre as nações hegemônicas e não hegemônicas, mesmo sabendo que os direitos humanos são amplos, acabam tipificando um direito